Durante anos, a ASPROESTE brigou, pacífica e legalmente, por melhorias na principal via de acesso à região, a D-001 ou EPCT, via de contorno de Brasília, nesta parte separando uma área habitada hoje por umas 10 mil pessoas, de áreas de preservação ambiental, como o Parque Nacional de Brasília e a Reserva Biológica da Contagem.

Neste trecho, a DF-001 foi asfaltada há muitos e muitos anos atrás, e as operações ‘tapa-buraco’ não resolviam mais a precariedade de sua pista. A briga pelo recapeamento começou há, pelo menos, uns 15 anos, e acabou sendo vitoriosa: a pista foi recapeada em duas etapas, do balão do Colorado até a Rua 09 e desta até a DF-170.

Durante os muitos anos de pista ruim, moradores, visitantes e carretas e caminhões que trafegavam por esta pista, por suas condições, faziam-no em velocidade baixa, com riscos menores para pedestres e transeuntes. Recapeada a pista, transformaram o acesso ao Lago Oeste em pista de corrida de etapas: um rali até o quebra-molas em frente à ASPROESTE e outro rali depois da Rua 09.

O Governo, então, interviu: o DER-DF, concordando com a direção do Parque Nacional de Brasília, determinou uma velocidade máxima de 60 km/h para a pista (não aceitando a argumentação da ASPROESTE, que queria 80 km/h) e implantou mais quebra-molas (nos trechos de passagem de animais entre as áreas de preservação ambiental) e ‘pardais’ eletrônicos em trechos onde a vontade de acelerar dos motoristas é maior. A velocidade na pista diminuiu imediatamente.

Mas não ligaram todos os pardais, apenas um. E, em pouco tempo, a alta velocidade voltou a imperar. Os quebra molas limitavam alguns trechos, mas não toda a pista. Muitos usuários de chácaras e moradores do Lago Oeste não gostaram. Criaram até um grupo “Anti quebra molas”, que propôs abaixo-assinados, contratação de advogado, manifestações contra a volúpia do governo em ‘arrecadar dinheiro às custas dos pobres cidadãos”.

Independentemente dos governos que nos governam, existe uma política de trânsito que segue normas técnicas mundialmente aceitas. Pardais eletrônicos geram multas, é evidente, que só podem ser cobradas se existirem… Ou seja: se você excede o limite de uma via ‘pardalizada’, você vai ter que pagar uma multa… Se você não quer que o governo se beneficie desta “indústria das multas”, basta você obedecer a sinalização…

Qualquer pessoa tem todo o direito de protestar… O limite de 60 km para a pista do Lago Oeste é ridículo? Talvez seja. Mas foi imposto porque alguns usuários e moradores de chácaras abusavam da velocidade, 120, 140 km/h, enquanto percorriam a DF-01 a partir do balão do Colorado ou vice versa, a partir da DF-170. Não havia riscos apenas para as pessoas que transitavam pelo acostamento da pista da DF-001, mas para quem estava esperando ônibus nas paradas ou quem estava obedecendo o limite de velocidade estabelecido.

Não há como falar em ‘indústria de multas’ quando as pessoas obedecem a sinalização estabelecida para uma via… Se não há transgressão, não há multa a ser cobrada. Quebra-molas, ‘pardais’, redutores de velocidade preservam vidas! São chatos, limitam nosso desejo de correr, ganhar tempo? Sim… mas também reduzem os riscos de atropelarmos pessoas (ou animais, no caso de uma área de preservação ambiental), de causarmos a morte de alguém, de sofrermos acidentes… 60 km/h de velocidade no Lago Oeste talvez seja muito limitante, mas foi o que foi estabelecido! Quem obedece, não contribui para a chamada indústria da multa… quem não obedece, arrisca contribuir para a indústria da morte!

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