REUNIÃO DA ASPROESTE COM SEDUH E PROURB
3. OUTRAS MANIFESTAÇÕES A FAVOR DO LAGO OESTE
A arquiteta e moradora do Lago Oeste Tauana Ramthum apresentou, então, em Datashow, um comparativo dos mapas – da SEDUH, em que o Lago Oeste aparece todo vermelho, e do georeferenciamento feito pela Asproeste, que está no IBRAM, junto com o EIA-RIMA já aprovado – mostrando todas as discrepâncias existentes entre um e outro mapa. Indicou polígonos que foram feitos fora do mapa do Lago Oeste, na borda da chapada, algo sem sentido, pois eram apenas telhados de casas, barracões, galinheiros, canis… e não chácaras. E mostrou uma chácara em que o ocupante fizera piquetes para seus cavalos e os técnicos da SEDUH colocaram polígonos vermelhos em cada um dos piquetes, considerando cada um uma chácara menor do que 19.000 m2.
Carlos Vieira, funcionário de carreira da SEDUH que trabalha no PDOT há muitos anos, concordou com as preocupações da comunidade e lembrou que faltam ferramentas para que ela tenha possibilidade de produzir, que faltam normas para que os ocupantes possam, por exemplo, ter um financiamento bancário para explorar sua área. E se disse contra certas regularizações, como as de parcelamentos urbanos isolados, áreas em que não haverá escolas, hospitais e transporte urbano adequado. E lembrou que ainda há várias áreas no GDF reservadas para construções de prédios ou residências que permanecem sem utilização.
O vice presidente da Asproeste, Djalma Nunes da Silva, também se manifestou, afirmando que no PDOT anterior já houvera tentativa de urbanizar o Lago Oeste – estava prevista, então, a transformação das áreas entre as Ruas 00 e 08 em Zona de Expansão Urbana, o que não prosperou exatamente pela mobilização contrária da Asproeste e da comunidade.
E a secretária da Associação, Layla Nora, que está preparando a documentação comprobatória de que o Lago Oeste ainda é uma área rural e de preservação ambiental, lembrou que o Núcleo Rural é classificado no PDOT 2009 como Zona Rural de Uso Controlado II (relativo à bacia do Maranhão), mas deveria se enquadrar também em ZRUC V (relativo à bacia do Paranoá). (continua amanhã)